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A formação da Autoimagem

Baseado no livro Comunicação sem medo, dos autores Eunice Mendes e L.A. Costacurta Junqueira, 1999.


Esse é o segundo artigo da série que trata de Autoimagem, Autoestima e as ferramentas para fortalecer ambas. Nesse artigo, falaremos de como a Autoimagem se forma e de quem é a responsabilidade pela formação dela.

Autorretrato de Tarsila do Amaral

Como falamos no artigo anterior (O poder da Autoimagem), a Autoimagem é fruto de como veiculamos o que absorvemos das nossas vivências, nossas emoções, nossas frustrações e vitórias e também do que decidimos acatar como verdade daquilo que ouvimos a nosso próprio respeito. Filtramos tudo isso através do nosso grande computador, o cérebro, e imprimimos a nossa imagem social. Mas como se forma a Autoimagem?


Ela começa a se formar ainda na infância. Os primeiros cinco anos de vida são de extrema importância para a construção de quem seremos e o que for sedimentado nessa fase refletirá por toda a vida. É nessa fase que entramos em contato com valores e princípios que são transmitidos pelo meio familiar. São nos primeiros cinco anos de vida que direcionamos o primeiro foco de informações e impressões alheias que tomaremos emprestados e que decidirão se teremos uma vida produtiva, criativa ou amorfa, tediosa, improdutiva. E esse foco vem, principalmente dos nossos pais, por meio de suas crenças que nos são transmitidas durante a formação da nossa personalidade.


Vale ressaltar que uma criança, nos seus primeiros cinco anos de vida, não tem aquele filtro que mencionamos no artigo “O poder da Autoimagem”. Tudo o que ela sente é tomado como “verdade absoluta”. Então, frases pronunciadas por aqueles que são a referência para a criança (geralmente seus pais e irmãos mais velhos) como as seguintes:

  • “Crianças não devem ser ouvidas!”

  • “Você calado já está errado!”

  • “Você é burro!”

  • “Nossa, como você é desajeitado!”

  • “Você nunca será nada na vida!”

  • “Seu irmão (ou primo) é muito melhor do que você!”

  • “Cala a boca!”

  • “Fale baixo!”

  • “Deixa de ser lerdo!”

  • “Vai brincar e me deixa em paz!”

  • “Você não presta pra nada!”

Essas experiências podem ser absorvidas pela criança como verdades desagradáveis, negativas, opressoras (Cabe aqui um alerta para pais, mães, tios, avós e irmãos: Não fale ou deixe que ninguém fale assim com seus filhos, sobrinhos, netos e irmãos.) e a tendência é que ela generalize o mundo como um lugar hostil, agressivo, inóspito, onde ela não tem vez.


E o que dizer do que hoje chamamos de Bullying, o que há até bem pouco tempo atrás era uma “inofensiva” brincadeira, chacota, zoação? Os rótulos impostos pelas crianças a outras crianças na fase escolar podem denigrir a Autoestima, pois a criança pode tomar para si como verdade.


Segundo o mapeamento realizado pelo biólogo Luiz Henrique Rosa, em reportagem publicada pelo site Último Segundo, em 10/06/2014, dos adjetivos usados em idade escolar para ofender os colegas, mais de 360 têm conotações racistas. Mas também existem os rótulos impostos pela timidez, pelo biotipo, pela orientação sexual, pela religião. Essas experiências serão “gravadas” pela criança de forma negativa e o seu repertório negativo estará repleto de ressentimentos.


Assim, a criança vai absorvendo essas “verdades” e esses rótulos vão funcionando como crenças limitadoras e reforçarão a sua convicção de que ela não tem valor e de que nunca será capaz de alcançar o sucesso em suas conquistas. Ao longo da vida, isso tudo trará para as relações da criança uma carga de desconfiança e insegurança fazendo com que ela acredite que o mundo não pode ser receptivo a um ser tão sem valor, tão desprezível.


Mas será a responsabilidade por essas cargas psicologicamente negativas são só das “verdades” absorvidas no passado? A resposta é NÃO. Tudo isso é muito influenciado também pelas características de cada ser. A personalidade é como um organismo que vai recebendo do mundo externo os “alimentos” e vai processando esses “alimentos” de acordo com vários outros fatores que o influencia. Sendo assim, não se pode afirmar que é uma regra que todas as pessoas que tiveram uma base familiar, educacional e social repleta de constrangimentos terão, necessariamente, uma Autoestima rebaixada e dificuldades para lidar com o próprio medo e as próprias frustrações. Assim como o inverso também não é uma regra absoluta.


Quantas pessoas conhecemos que utilizaram as suas frustrações como uma mola propulsora para o sucesso? A frustração, em alguns casos, pode servir como um impulso para a superação de limites.


Nas questões comportamentais há de se ter flexibilidade e tolerância à diversidade para que não sejamos levianos. Todos possuímos o livre arbítrio de aceitar ou não o que nos é oferecido, de romper ou manter e viver sob as crenças e valores familiares, educacionais e sociais. A escolha está nas mãos de cada um. E se o que recebemos não nos agrada, basta escolhermos o caminho da independência interior e filtramos o que deve ou não ser mantido da herança que nos foi deixada pelo passado. Assim é dado o primeiro passo para uma vida muito mais prazerosa e produtiva.


Elevando a Autoestima, neutraliza-se o medo e fortalece-se a Autoimagem.


No próximo artigo (Como romper com a Autoimagem negativa), falaremos sobre:

  • Como a Autoimagem pode afetar o seu poder pessoal;

  • Como a Autoestima elevada pode te ajudar a ter uma mais produtiva;

  • Ferramentas de Ação para fortalecer a Autoestima e a Autoimagem.

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Tenha certeza que o Coaching pode te ajudar a construir uma Autoimagem positiva, elevando sua Autoestima e te colocando no caminho certo para realizar os seus sonhos.


Celebre a Vida!


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